Na noite de ontem segunda-feira (25) foi realizado no IFES o seminário: Educação, Direitos Humanos, História e Memória, para alunos do Instituto Federal. O foco da palestra da presidenta da UNEGRO Capixaba foi a violência contra as mulheres, em especial as mulheres negras.
Segundo Adriana a mestiçagem é uma marca de nossa identidade nacional, forjada na violência contra as mulheres negras e indígenas estrupadas pelo colonizador.
É certo que essa violência fruto de uma sociedade construída pelo patriarcado atinge todas as mulheres. Mas é preciso fazer o recorte de raça e classe, pois o racismo estrutural destinou as mulheres negras o lugar de vulnerabilidade social e econômica.
Numa sociedade racista e machista as mulheres negras são invisíveis, isso faz com que tenham mais dificuldades de acessar as políticas públicas.
Para Adriana as mulheres negras buscam o bem-viver, nesse sentido está em curso a construção da II Marcha Nacional das Mulheres Negras que irá ser realizada em Brasília no dia 25 de novembro deste ano. “Ninguém solta a mão de ninguém” disparou Adriana.
O seminário teve também como palestrante Gilmar Ferreira militante histórico pelos direitos humanos, Toninho Lopes ativista LGBTQIA+, e o professor Douglas Ferrari que abordou a importância da luta anticapacitista e a inclusão das pessoas com deficiência.
Ao final Adriana afirmou que a educação salva vidas, por isso a importância das políticas de Ações Afirmativas como as cotas nas universidades públicas e no institutos federais.
“Podrán morir las personas, pero jamás sus ideas” como afirmou Che Guevara, daí a importância do conhecimento na vida das pessoas.
Por Welington Barros