Nessa poesia eu trago a maldição
Das mulheres queimadas na inquisição
No Espírito santo trago o ódio
de Constância D’angola
A luta de Zacimba Gaba
A resistência de Maria Verônica da paz
Nos quilombos tivemos
Dandara dos Palmares
Maria Aranha, Maria Felipa de oliveira
Assim como Tereza do quariterê
Contra o estuprador branco
Anastácia a força que nunca se calou
E na revolta dos malê
Ela tava lá, Luiza mahin
Viva como sempre
Tereza de Benguela nunca morreu
E na flecha certeira
Teve Zeferina
No romance,
Maria Firmina dos reis
E na escrita marginal
Carolina Maria de Jesus
No quilombo de Alagoas
Acotirene foi a primeira a resistir
E lá no Maranhão também teve luta, teve a Adelina charuteira
Salve a Esperança Garcia
Máximo respeito a saudosa Dina Di
E a Eva Maria de Bonsucesso a primeira a botar um branco na cadeia
Na maior juga do RJ
Teve Mariana crioula
Tia Sioma guerreira lá do Ceará
E pra finalizar aqui no Espírito Santo
Mãe Bá índia curandeira que de Guarapari a Anchieta se tornou a mãe natureza.
Do sul ao norte, do leste ao oeste
Teve e sempre vai ter uma mulher de luta
