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NEGRITUDE

Quando busquei de onde venho,

Vi pretos FORTES,

INTELIGENTES

e BONITOS de toda forma.

Tombarem por nossa história.

Encontrei RESISTÊNCIA e

FILOSOFIA;

Coisas que esconderam,

Que nos arrasaram de forma

inglória

Vi mulheres que não se curvaram.

De cabeça erguida povoam

a minha memória

Quando sofro racismo

em alguns momentos;

Penso nos FERROS,

No TRONCO,

No BANZO.

E lá encontro CORAGEM e

FORÇA.

A minha NEGRITUDE

Foi forjada por quem veio antes

E em nossos passos,

em nossos pés

Ainda há a poeira

Da mãe África.

Ainda busco as minhas origens

Porque ainda não sei quem sou.

Sei que sou MULHER PRETA

E a minha NEGRITUDE

Vem dos longes do continente

EMPRETECIDO e GIGANTE.

Deixo aos meus pés

Toda a imensidão do caminho

E a certeza

De que nunca

Estarei SOZINHO.

Mônica Porto
Mônica Porto
Escritora e curadora da Casa de Constância D'Angola No Sítio Histórico Porto de São Mateus.